domingo, 24 de agosto de 2008

Motel

Segue a seguir o relato passo à passo duma 1ª ida ao motel...

A 1ª coisa que um caboclo vê quando chega a um motel é o quadro de suites e preços, dentre os preços mais sortidos, existe uma gama de opções, onde por exemplo, você pode adquirir um pacote que simulará experiencias sexuais tendo como pano de fundo as mais diversas cidades ao redor do mundo, tal como Copacabana e Beijing (aliás, suite esta muito alugada nesses tempos olímpicos), não sei bem se as cidades que dão origem aos nome das suites foram escolhidas por sua fama, luxo ou pq o nome remete a algum lugar afrodisíaco.

Pois bem, voltemos à primeira cena, o cidadão chega acompanhado de seu par (nao vamos definir o gênero para não criar ondas de protesto de uma ou outra parcela que se achar mais ou menos injustiçada...), dá de cara com o quadro de cidades e acaba optando por um Bombaim VIP.

Ao penetrar, no cômodo, é claro, isto é, pelo menos inicialmente, toda a ilusão de que o casal viveria loucas paixões em um cenário afrodisíaco, num pedaço extraído diretamente da Índia, logo se tem a 1ª decepção, de Bombaim, a unica coisa que é encontrada é um pequeno elefantinho de porcelana situado em cima da mesinha de centro, é então que surge o pensamento "putz, eu deveria ter escolhido a suite Washington, quem sabe lá não teria uma miniatura do Monumento Washington, viria bem mais a calhar... (nao entendeu a piada né? então clica aqui)


A vida tem a curiosidade de nos permear com as mais diversas sutilezas, por exemplo, não saber se a gostosinha da sua vizinha está apenas sendo gentil ou se ela está se querendo pra cima de ti, e uma porção de outras coisas que te deixam pensando acerca do assunto por um bom tempo, mas algumas poucas coisas na vida são assim, preto no branco, óbvias, e totalmente definidas, tal como a finalidade de uma ida a um motel. No entanto, o jovem casal ainda assim, um tanto constrangidos embaraçados, procura adiar, mesmo que momentaneamente, a razão pela a qual estão ali: a vontade de treinar o ato de perpetuação da espécie - ou, para os menos nerds: fazer amor, nhanhar, fazer sexo, dar uma, comer, dar uma cutucada na xavasca, copular, bimbar, Acalmar a perseguida, afogar o ganso, molhar o biscoito (ah, só pra deixar claro, se você estiver cansado desta longa e inutil lista de sinônimos, sinta-se à vontade para passar ao parágrafo seguinte..), Aquecer o pirú, Arregaçar uma buça, Botar a perereca pra tomar leite de canudinho, Catucar por dentro, Chamuscar o bombril, Dar no couro, Desflorar, enfim, botar pra foder..

O casal então procurando aliviar a tensão e a ansiedade faz então toda uma inspeção do quarto, observando cada detalhe, por mais banal que ele seja, Logo é constadado que, realmente, a unica coisa que remete à Índia é o infâme elefantinho, isto é, a menos que aquele espelho no teto tenha sido importado de Nova Deli...

Logo deparam-se com O Cardápio, não, eu não estou falando do cardápio contendo comidas e bebidas, mas sim do outro cardápio. Começo a pensar que essa galera de motel realmente é chegada em uma sacanagem, afinal, quem colocaria um cardápio de pirocas? Sério, 5 páginas apenas contendo bengas, das mais distintas possíveis, variando em cor, tamanho, envergadura e sabor, mobilidade e material (podendo ser de plástico, acrílico ou outro material), tendo também, inclusive, algumas classificadas, assim como as suites, por cidades. Dae eu fico, digo, o casal fica imaginando, "ok, se tem um cardápio tão sortido assim, então é pq alguém deve usar", mas pô, imagina a situação, o rapaz (ou a garota, isso depende muito da vergonha e da inclinação do rapaz), liga pro serviço de quarto para fazer um pedido: "olá, eu gostaria de pedir o P107" e então a telefonista diz que o sistema está fora do ar, é pedido então para que o cliente diga as especificações do produto - "eu quero O mediterrâneo judeu, com 23 cm, amarela, com sabor de amarula, levemente inclinado para a direita e que vibre numa intensidade mediana". Francamente, eu não sabia que existia tanta piroca diferente no mundo, e digo mais, amarela?! qual é a desse povo? por acaso eles gostam de imaginar que estão fazendo sexo com Os Simpsons?!

O passo seguinte após conferir o cardápio das bengalas é dar uma conferida na televisão, ao ligar a tv, deparam-se com nada menos que 7 canais pornôs, cacilds, essa galera é realmente muito sacaninha! SETE, eu disse sete, s-e-t-e canais de putaria, essa galera que administra motéis deve pensar que seus fregueses são um bando de pervertidos... pra que tudo isso? O casal então fica espantado, nunca viram tanto pinto e xoxota em tantos angulos distintos e também em tão curto tempo.

Acho que aqui vale um parágrafo dedicado especialmente ao que foi comentado logo acima, sério, pra que 7 canais que mostram a mesma, literalmente falando, putaria?! Ta bom, talvez de um canal para o outro mude a posição ou mesmo a quantidade de gente envolvida no processo, mas mesmo assim, a essência da coisa toda ainda é a mesma! Não sei se é porque eu sou adepto da "escola antiga" mas o negócio é o seguinte, eu acredito que quando uma pessoa vai ao motel, ela vai com o intuito de fazer sexo e não de assistí-lo, do contrário ficaria em casa, oras...

Depois disso, é chegada a hora de dar uma olhada no frigobar... logo de cara, bem em evidência tem se uma cartilha com as normas do motel, onde lá são explicadas as normas de funcionamento do estabelecimento, tais como o pagamento de taxa extra por cada pessoa a mais presente na suite e também que é proibida a presença de menores de 18 anos no esatabelecimento. Bem, ao analisar realmente o interior do frigobar, os itens mais sortidos ali são encontrado, podendo citar, cerveja, vinho, refrigerante, suco, energético, uísque, catuaba e o item mais curioso de toda lista: Todinho. Ok, foi deixado bem explícito que a presença de menores de idade é proíbida, então, quem em santa conciencia vai tomar todinho em um motel? Bem eu devo estar enganado né? se tem isso lá pra vender, então é porquê deve ter alguém que compra - "Ah não benzinho, me desgastei demais ficando de cócoras pra você, acho que to precisando tomar um todinho".

Já sei, tu ainda ta encucado com aquele lance de taxa extra para pessoas extras... tu ainda nao entendeu, não é? Ok, eu explico em termos mais praticos: a parada é a seguinte, se tu ta afim de fazer um oba-oba, uma sacanagem das boas, um bacanal, tacar fogo na babilônia enfim, uma boa e velha suruba, tu vai ter que pagar mais caro por cada pessoa que trouxer pra entrar (ou não, dependendo do ponto de vista, ou mesmo vetorial) na brincadeira.

Feita toda a análise do quarto, então o casal decide dar cabo daquilo que ali vieram fazer, e então é constatado duas outras coisas interessantes, a 1ª na realidade acaba resultando em um questionamento: pra que, novamente, tanto canal de putaria? com tanto espelho no quarto, não importa pra onde você olhe, você se enxerga transando, parece até que o casal realmente está em um filme com direito a camêras nos ângulos mais inusitados! A 2ª coisa interessante, e totalmente irrelevante para o andamento do texto (aliás, como se o texto fosse de relevância alguma), é que o elefante do inicio do texto curiosamente parece estar observando todo o ato (também pudera né, com tanto espelho no quarto, não teria nem como o elefantinho estar olhando para outra coisa).

Consumado o ato, o casal toma seu banho fecha a conta e vai embora, não esquecendo, é claro, de pegar os brindes* (leia-se: shampoos, condicionadores, pentes, escovas, fósforos, camisinhas de cortesia e as demais coisas que não tem preço na suite).

Se a história fosse contada sobre um outro casal bem mais focado nas suas intenções, este post teria sido bem menor, aliás, não passaria deste parágrafo. Eles teriam chegado, pouco se lixado pra decoração indiana (ou no caso, a falta dela) ou pra merda do elefantinho, que a esta altura do campeonato já deve ter visto das coisas mais cabeludas que existem na face da terra (neste caso até que um "literalmente falando" teria caído muito bem), sequer teriam ligado a televisão e muito menos teriam tomado todinho, talvez, bem talvez, teriam encomendado uma piroca, mas geralmente apenas transariam, pegariam os "brindes", fechariam a conta e iriam embora.

É Freestyle?

É Freestyle... aliás, será que é mesmo?


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ainda sobre a lei seca....




Ta, desculpa, to repetindo demais o assunto... mas é que eu acabei de conhecer este blog e achei que esta seria a melhor maneira de divulga-lo...


Para ver mais tirinhas de humor-negro ao estilo exploms.net, confira a versão tupiniquim, Dr. Pepper, é.. a versão é tupiniquim mas o nome ta mais pra guarani ou talvez xingu, não sei...

Nossa, que piada horrível..
Mandei mal e to nem aí...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Os 3 porquinhos...

O El Ojo é um festival Ibero-Americano de publicidade que acontecerá de 29 a 31 de outubro em Buenos Aires.

Para este ano foi realizada uma nova forma de se divulgar o evento, um jeito bem mais interativo, posso assim dizer...

O internauta que desejasse, poderia entrar no site do El Ojo e baixar um video no qual era mostrada a história dos 3 porquinhos, a grande sacação é que os internautas podiam modificar e criar novas versões para as histórias e enviar as suas versões para serem exibidas no site.

Segue 3 versões que achei bastante divertidas:

OS 3 PORQUINHOS, VERSÃO FLAMENGO



OS 3 PORQUINHOS, VERSÃO LULA



OS 3 PORQUINHOS, VERSÃO SOLANGE - A GAGA DE ILHÉUS (antes de assistir esta versão, para uma melhor compreensão da piada, é necessário antes assistir este vídeo: Solange - A gaga de ilhéus





Bem,
eu achei engraçado.
E vocês?

domingo, 10 de agosto de 2008

sábado, 9 de agosto de 2008

A Corrente do Goró...

Droga, não queria estar falando sobre este assunto novamente... Vão pensar que eu me viciei em falar sobre trânsito, mas acontece que surgiram reflexões acerca do assunto e eu não vou re-postar o mesmo texto só pra acrescentar uma coisinha ou outra. Isto, sem contar que o Blog é meu e eu escrevo sobre o que eu quiser, quantas vezes eu quiser, tô nem aí mesmo...

Assim, foi comentado no texto da lei seca sobre o eficiente método de se driblar as fiscalizações com a onipresente “corrente do goro”. Mas vem cá, será que ela é tão onipresente assim?

Sério, blogs (inclusive este), jornais, revistas e até mesmo tele-jornais dedicaram um espaço para abordar este assunto um tanto quanto controverso, afinal, trata-se de uma medida descarada de se transgredir as leis. Porém, passo a acreditar que realizaram muita tempestade em pouco copo d’água.

Para quem vive no mundo da lua ou tem preguiça de ler o texto que se encontra uns dois posts abaixo, a “Corrente do Goró” se constitui na ação em que bêbados inveterados mandam uns aos outros, tanto por e-mail quanto por celular, informes com a localização das blitz da cidade. Tudo isso com o intuito de te fazer criar a Rota do Bêbado, ou seja, para você poder sair, encher cara, driblar as blitz, atropelar civis inocentes, apagar no volante e meter a fuça do carro em um poste (e se tiver muita sorte, a sua fuça também).

Não sei não, mas parece que fizeram muito alarde por nada, afinal, alguém aqui, dos milhares de leitores deste blog, já fez parte da tão transgressora e integradora “corrente do goró”? Sério, não sei se são as pessoas que não acreditam no meu potencial para me alcoolizar ou se deliberativamente resolveram me deixar de fora deste processo de integração regional, mas fato é que eu nem nunca recebi nada do gênero.

Juntamente com a Maria Sanguinária (é, aquela sirigaita meio morta que não tem nada pra fazer e resolve aparecer se você for ao banheiro lá pela meia noite, chamar o nome dela 3 vezes e tocar a descarga), o mito da banheira cheia de gelo e a pessoa vazia de rins, e a pedra filosofal da juventude - o Tesão de Vaca (aquela milagrosa panacéia que fará você rangar qualquer mulher que você desejar na face da terra. O qual, de acordo com um amigo seu, você pode adquirir na farmácia mais próxima de sua casa, embora nunca tenha visto um na sua vida), A Corrente do Goró passa a encabeçar o hall da fama das lendas urbanas.

Sério, a esta altura do campeonato, já era pra eu ter recebido um desses tais informes, mesmo que eu não tivesse nenhum amigo alcoólatra para me dar uns toques deste naipe. Mas pô, eu afirmo que a minha inclusão neste processo já deveria ter ocorrido pelo simples fato de tratar-se de uma CORRENTE do Goró, e francamente, só por ter esse nome, as chances de alguém receber tais informes já sobem em 93,5%. (Dados fornecidos pelo mesmo instituto que provê G. Bueno de informações do tipo “Há 62 jogos que Bangu não ganha de 15 de Piracicaba com o placar de 7x2 usando meiões verdes costurados pela vovó Gertrudes”).

Cara, parece que é praga, feitiço, vodu ou mandinga, mas se você quiser que alguém receba qualquer mensagem, seja para salvar o mundo, textos melosos, promessas de riquezas sem fim num futuro não muito distante ou qualquer outro assunto, basta que você ponha o nome CORRENTE no início da mensagem. Ah, não se esqueça de amaldiçoar aqueles que não fizerem a corrente seguir adiante, do contrário você entrará num inferno astral de danação eterna!

Opa, acho que é isso então que fez com que a tal corrente minguasse tão depressa, afinal, não havia maldição alguma, era apenas o seguinte: “blitz na rua tal, tal e tal, passe essa mensagem para 3 amigos bebuns, seu alcoolatrazinho de merda”. Não tinha nada de maldição, nenhuma ameaçazinha sequer, nada do tipo “Do contrário você ficará preso em um engarrafamento sem fim” ou, “se você não repassar esta mensagem, você será preso em uma blitz à paisana, pois estará bêbado demais para reconhecer um cone de blitz disfarçado (éééé.. aquele cone todo malandrinho do texto anterior, de bermuda florida e boné virado para trás), ou, a pior de todas maldições: “Passe esta mensagens para seus amigos alcoólatras, caso contrário, você virará Evangélico, perderá os amigos e parará de beber! – Mwahuwahuwhauwhauhwauhwuahaw (risada maléfica) – fim da maldição” .

Acreditando que essa corrente seja uma farsa e me baseando nesta ultima hipotética e apocalíptica maldição eu venho por meio deste texto apresentar uma solução bem mais eficaz para se livrar das blitz e o melhor de tudo, ninguém precisará bolar rotas alternativas para driblar a fiscalização, o bebum passará diretamente pela blitz e nada o acontecerá.

A idéia é mais ou menos a seguinte: Mande confeccionar em letras garrafais um adesivo para carros com a seguinte frase em caixa alta: “DEUS É FIÉL. EU ACREDITO NO SENHOR!” e por via das duvidas, mande fazer também adesivos com os dizeres “fui abençoado pelo pastor Isaías”. Pronto, agora é só colar estes adesivos em pontos estratégicos do seu veículo e passar totalmente despreocupado nas blitz. Assim, você até pode ser parado e autuado por outras irregulares, mas ninguém suspeitará ou irá te parar por achar que você está bêbado, afinal, pensarão que você é evangélico e todo mundo sabe que evangélico não bebe.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Cantadas...

Lugares como boates, clubes, bares, festas, padarias e até mesmo o Verdurão do Seu Tanaka, entre vários outros locais, possuem um certo potencial para que pessoas venham a se conhecer.

Quando a questão é conhecer alguém do sexo oposto, visando bem mais do que contato profissional ou mesmo amizade, acaba surgindo um problema devido à abordagem inicial, geralmente conduzida pelo macho da espécie em questão, e tudo que poderia vir a ser, acaba sendo um desastre e tudo no que poderia dar, acaba dando em cantadas da pior qualidade, algo mais ou menos do tipo:

- A bola rola. E eu e você? Rola?

Ou então:

- Você acredita no amor de Deus? Sim? Ah, então fica comigo, pelo amor de Deus!

É incrível, mas por mais estranho que pareça, de vez em quando, mas bem de vez em quando mesmo, as coisas até que acontecem de forma diferente e um exemplo disso é a história que um amigo começou a me contar...

Era uma festa, algumas pessoas dançavam, outras conversavam, bebidas eram servidas (e comidas também) e por mais que essa festa fosse bem bacana, no final alguém iria reclamar do salgadinho muito frio e da cerveja que estava muito quente, enquanto outros falariam que poderia ter tocado músicas mais legais, e por aí segue o cortejo de reclamões, que na verdade, não passam de um bando de ingratos.

Mas enfim, antes dos reclamões terem ido embora exaustos por terem dançado com tanto entusiasmo, bêbados por causa de cerveja que de acordo com a lenda, nem estava tão boa e empanturrados de uma comida que por mais que estivesse meia boca, no final não sobraria nem migalhas, a festa rolava normalmente.

Foi nessa festa que rolava naturalmente dentro de todos os clichês, que um casal trocou olhares enquanto dançavam, depois disso, trocaram sorrisos, dançaram juntos e finalmente entre uma música e outra resolveram ir a um lugar mais calmo e assim então poderem conversar com mais tranqüilidade.

Apresentações foram feitas, falaram de trivialidades, reclamaram de uma coisa ou outra da festa, mas elogiaram o dono da farra (apenas por garantia, sabem como é, né? Afinal, nenhum dos dois gostaria de ficar de fora da próxima festança). Ele elogiou o sorriso dela, ela em retribuição, deu um sorriso meio embaraçado pelo elogio inesperado. Falaram sobre onde moravam, de onde conheciam o dono da festa e apenas por garantia teceram mais uma meia dúzia de elogios ao tal, uma vez que nunca se sabe quem pode estar ouvindo.

Procurando demonstrar um interesse maior na fêmea da espécie com a qual o rapaz conversava de forma entusiasmada ele pergunta:

- Mas então, o que você faz? Estuda? Trabalha?

- Ah, estou cursando o 4º semestre de Direito, no momento eu estou procurando um estágio, sei lá, alguma coisa que além de experiência me proporcione um pouco de dinheiro também. E você? O que faz? – ela devolveu a pergunta em parte por simples educação e em parte também porque também estava interessada.

- Eu faço fisioterapia!

- É mesmo? Onde que você faz? – ela quis saber, pois conhecia pessoas que também faziam fisioterapia .

- No joelho, eu levei um tombo, tem uns 3 meses já.

De volta à conversa com meu amigo. Inicialmente, quando ele começou a me contar essa história, disse que tudo tinha dado certo, mas depois dessa da fisioterapia, eu não agüentei, falei pro meu amigo esperar só um tempinho e saí pra comprar cigarros. Nunca mais voltei.

Levou mais ou menos uns 3 minutos pra ele se lembrar que eu sempre odiei cigarros. O meu amigo ficou lá sozinho, mas pelo menos o casal da história, segundo ele, ficaram juntos no final.

domingo, 3 de agosto de 2008

11.705

A Lei 11.705, ou Lei Seca, para os íntimos, é a lei que não quer sair da boca do povo. É uma falação em rodas de amigos nas universidade, nos bares e em locais de trabalho, todos só sabem falar dessa maldita (ou seria bendita?!) lei.

Vários números de pesquisas indicam que os de acidentes de trânsito por conta do goró caíram vertiginosamente por conta desta nova lei. Acontece que outros dados das mesmas instituições de pesquisas mostram que 1/3 dos acidentes é provocado pela ingestão de alcool. Então, matematicamente falando, as chances de você causar algum acidente diminuem em 2/3 se vc tomar umas.

Enfim, indepentende dessas pesquisas, que pra mim, tem tanto crédito quanto as dicas de moda da capricho ou os comentários do Galvão, do tipo "na partida de 1987, o Brasil estava ganhando de 3x1 da Tunísia e usava meiões verdes" (sim, e daí, Galvão?) a lei veio e tem dado no que falar.

A questão é: por que o motivo de tanta falação? Afinal, dirigir embriagado sempre foi um ato passível de infração, então para que tanto alarde?

Acredito que tanta conversa não seja por conta das penalidades: multa de 900 mangos ou a reclusão de até 3 anos, aliás, talvez até seja este o pretexto para tal borburinho, mas o cerne de tanta papagaiada está na até então marcação colada da fiscalização que em plena quarta feira já entra em campo pra jogar pesado, e ai de quem sequer tomar uma tacinha de vinho.

As tais estatísticas criticadas ali em cima, sobre a eficiência da nova lei não se deve à verdadeira acatação pública, o povo não parou de beber porquê virou lei, mas sim pelo fato de ter medo da fiscalização, afinal, Antisépticos Bucais e até mesmo os aparentemente inocentes Bombons de Licor podem fazer com que uma pessoa seja detida no bafômetro.

(Já vi tudo, vou ter de andar com várias caixas de bombons e trufas, juntamente com aquelas garrafas de 1 litro de listerine no banco do passageiro, na pior das hipóteses, ao ser abordado por um guarda eu bafejarei um doce e refrescante hálito de Eucalípto)

Fato é que o brasileiro não respeita a lei mas sim teme a fiscalização, tanto que algumas medidas foram tomadas para driblar a marcação cerrada. A mais famosa delas é a Supracitada "Corrente do Goró", que consiste na corrente de e-mails e torpedos de celulares onde os amigos enviam uns aos outros notificações sobre os locais que estão correndo blitz, para que as mesmas possam ser evitadas.

Um amigo meu já tem outra postura, com celular quebrado, ele decidiu que só bebe pela Asa Norte e que dirige pelas entre-quadras, locais que nunca ocorrem blitz - "e vc acha né que eu vou deixar de ficar dôidicana?!"

Aparentemente novas medidas estão sendo tomadas por parte do governo para combater essa tal corrente do Goró, ouvi algumas pessoas dizendo que agora a fiscalização ocorre à paisana. Ontem mesmo eu ouvi falar de um cara que foi pego dirigindo bêbado por ter vacilado, o vacilo não foi ter bebido, mas sim não ter reparado no cone da blitz que estava à paisana, com bonezinho virado pra trás e bermuda florida, todo dissimulado o malandrinho.

Pink Floyd - High Hopes

Do disco Division Bells, essa eu recomendo:





Beyond the horizon of the place we lived when we were young
In a world of magnets and miracles
Our thoughts strayed constantly and without boundary
The ringing of the division bell had begun

Along the Long Road and on down the Causeway
Do they still meet there by the Cut

There was a ragged band that followed in our footsteps
Running before time took our dreams away
Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay

The grass was greener
The light was brighter
With friends surrounded
The night of wonder

Looking beyond the embers of bridges glowing behind us
To a glimpse of how green it was on the other side
Steps taken forwards but sleepwalking back again
Dragged by the force of some inner tide

At a higher altitude with flag unfurled
We reached the dizzy heights of that dreamed of world

Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times

The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river




Ta bom, ta bom, eu menti quando disse que não iria rolar um roque por aqui... pronto, eu confessei, satisfeitos?