sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Cantadas...

Lugares como boates, clubes, bares, festas, padarias e até mesmo o Verdurão do Seu Tanaka, entre vários outros locais, possuem um certo potencial para que pessoas venham a se conhecer.

Quando a questão é conhecer alguém do sexo oposto, visando bem mais do que contato profissional ou mesmo amizade, acaba surgindo um problema devido à abordagem inicial, geralmente conduzida pelo macho da espécie em questão, e tudo que poderia vir a ser, acaba sendo um desastre e tudo no que poderia dar, acaba dando em cantadas da pior qualidade, algo mais ou menos do tipo:

- A bola rola. E eu e você? Rola?

Ou então:

- Você acredita no amor de Deus? Sim? Ah, então fica comigo, pelo amor de Deus!

É incrível, mas por mais estranho que pareça, de vez em quando, mas bem de vez em quando mesmo, as coisas até que acontecem de forma diferente e um exemplo disso é a história que um amigo começou a me contar...

Era uma festa, algumas pessoas dançavam, outras conversavam, bebidas eram servidas (e comidas também) e por mais que essa festa fosse bem bacana, no final alguém iria reclamar do salgadinho muito frio e da cerveja que estava muito quente, enquanto outros falariam que poderia ter tocado músicas mais legais, e por aí segue o cortejo de reclamões, que na verdade, não passam de um bando de ingratos.

Mas enfim, antes dos reclamões terem ido embora exaustos por terem dançado com tanto entusiasmo, bêbados por causa de cerveja que de acordo com a lenda, nem estava tão boa e empanturrados de uma comida que por mais que estivesse meia boca, no final não sobraria nem migalhas, a festa rolava normalmente.

Foi nessa festa que rolava naturalmente dentro de todos os clichês, que um casal trocou olhares enquanto dançavam, depois disso, trocaram sorrisos, dançaram juntos e finalmente entre uma música e outra resolveram ir a um lugar mais calmo e assim então poderem conversar com mais tranqüilidade.

Apresentações foram feitas, falaram de trivialidades, reclamaram de uma coisa ou outra da festa, mas elogiaram o dono da farra (apenas por garantia, sabem como é, né? Afinal, nenhum dos dois gostaria de ficar de fora da próxima festança). Ele elogiou o sorriso dela, ela em retribuição, deu um sorriso meio embaraçado pelo elogio inesperado. Falaram sobre onde moravam, de onde conheciam o dono da festa e apenas por garantia teceram mais uma meia dúzia de elogios ao tal, uma vez que nunca se sabe quem pode estar ouvindo.

Procurando demonstrar um interesse maior na fêmea da espécie com a qual o rapaz conversava de forma entusiasmada ele pergunta:

- Mas então, o que você faz? Estuda? Trabalha?

- Ah, estou cursando o 4º semestre de Direito, no momento eu estou procurando um estágio, sei lá, alguma coisa que além de experiência me proporcione um pouco de dinheiro também. E você? O que faz? – ela devolveu a pergunta em parte por simples educação e em parte também porque também estava interessada.

- Eu faço fisioterapia!

- É mesmo? Onde que você faz? – ela quis saber, pois conhecia pessoas que também faziam fisioterapia .

- No joelho, eu levei um tombo, tem uns 3 meses já.

De volta à conversa com meu amigo. Inicialmente, quando ele começou a me contar essa história, disse que tudo tinha dado certo, mas depois dessa da fisioterapia, eu não agüentei, falei pro meu amigo esperar só um tempinho e saí pra comprar cigarros. Nunca mais voltei.

Levou mais ou menos uns 3 minutos pra ele se lembrar que eu sempre odiei cigarros. O meu amigo ficou lá sozinho, mas pelo menos o casal da história, segundo ele, ficaram juntos no final.

8 comentários:

Anônimo disse...

aaaaaaaaaaah..suas narrativas, crônicas, babaquices ou whatever
são demais :D

eu: hugo's tiete :D

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk!!
Cole cara... Eu botei feh no seu amigo...
eu nao teria a capacidade de mandar uma dessas...
=D

Tamy disse...

fica comigo, pelo amorzinho de deus? *.*

theli(n)e disse...

dios mio O.o

que coisas da vida

e a cerveja tava quente mermo ?
-.- que palha

»«Dédi»« disse...

hUAIhaIHIahiahihUAa muito boa..

só sei que se a tamy fosse um sanduíche, ela seria o X-Princesa.

e essa história me lembrou o do:
"O que vc faz?
- Quimioterapia
Ahhh que legal!! e faz aonde?"

Maiara Gomes disse...

ahahahhahaha
essa frase que o seu amigo mandou tem a sua cara...
ahuahiuahiauhaiu
gostei muito!
Parabéns novamente!
Beijos
Mai

Anônimo disse...

O seu amigo é Motoboy?rss
Geralmente, é esse tipo de profissional que vive caindo!

Que fora que ele deu!
Será que não faz faculdade?

Ele tbm poderia dizer: "eu faço faculdade!"
Ela -"Ah! Legal! Qual vc faz?"
Ele -"Faço a nova federal de São Paulo "!
Ela - "Puxa! Que legal! O que vc faz lá?"
Ele - "O acabamento!"

Pedreiro detected

Anônimo disse...

AH! Ele poderia dizer tbm que está terminando, fazendo o TCC.
Ela -"O que é TCC mesmo?"
Ele - "Trabalho de Conclusão de Construção"...