terça-feira, 21 de outubro de 2008

Zecão

[Dizem por aê que o ato de escrever é uma excelente ferramenta para lidar com os problemas, pra dar uma extravasada, organizar as idéias, e coisas do gênero...

Pois bem, foi com isso que eu resolvi escrever sobre uma experiência minh.. digo, do Zecão... se não me engano, esse foi o meu primeiro texto deliberadamente escrito, sem comprometimento nenhum com a escola, do gênero "ah, tenho que escrever essa merda pra aquela vaca me dar uma nota..", foi com essa bagaceira que eu tomei gosto pela coisa...

Apreciem a desgraça alheia, direto do tunel do tempo... (uns 5 anos atrás, mais ou menos..)]




É impressionante como mesmo com o passar do tempo, por mais que as pessoas cresçam e evoluam, não com tanta eficiência quanto um câncer, elas sempre acabam preservando suas características mais marcantes. Vocês vão entender do que estou falando...


Devido a um golpe do destino ou a uma ausência de consciência (seja por drogas psicotrópicas ou qualquer outro fator), Zecão, um rapaz tranqüilo, ingênuo, dado às artes da musica e cinema, dedicado à família e amigos, enfim, um bom sujeito, conheceu e acabou namorando Drica, uma garota dada à... Hmm... Err... Han... Bem... Enfim, uma garota dada.


Ele achava que gostava dela e ela dizia que o amava. E tal declaração era feita por parte dela com tamanha veemência que com o passar de duas longas décadas, digo, semanas, ambos trocavam juras de amor (veja bem, até poderiam ser duas décadas, mas este é o “love” de Zecão, um rapaz ingênuo e blábláblá, e Drica, uma mulher dada à... Enfim, uma mulher dada).


Não havia nem quatro meses de namoro completos e os dois já iriam comemorar o primeiro Dia dos Namorados.


Zecão queria fazer bonito, afinal, aquele seria o primeiro Dia Dos Namorados que ele ia passar com alguém. Providenciou flores, Bombons, cartão estilizado, cartinha, corações de pelúcia e um presente. Tudo isso pensando no dia perfeito e inesquecível que ele estava programando (ah, mas aquele com certeza seria um inesquecível Dia Dos Namorados para nosso comparsa Zecão).


Véspera do “dia D”, Zeca resolveu aparar as pontas daquela protuberante moita que ele ostentava orgulhosamente acima de sua cabeça. Explicou ao barbeiro que não queria cortar tudo, apenas um pouco, pois ele imaginava um dia ter a sua ex-moita, agora uma bela e frondosa samambaia sendo exposta. Sabe-se que ler uma revista para se distrair enquanto a “podagem” é feita é perfeitamente normal, mas, uma aparadinha de pontas demorar o equivalente a uma leitura de oito páginas de Veja – revista de tamanho não muito pequeno e contrastantemente de letras ao muito grandes – É... A moita do Zecão acabou virando mudinha.


Chega o dia. Flores, presente, corações de pelúcia, cartão, cartinha e uma cara patética de bobo apaixonado. Drica aceitou tudo. É, talvez não tenha aceitado a patética cara de bobo apaixonado, do contrário, ela não teria falado logo em seguida que ela queria o fim do namoro – Francamente, a data mais propícia para se terminar um namoro, né não cumpadi?


Não se sabe se o que ela sentia pelo nosso jovem mancebo não era tão forte quanto antes ou se estava ficando menos intenso do que ela sentia pelo Jorjão – pelo menos essa foi a desculpa dela naquela fatídica tarde de São Valentim.


Peraí, Jorjão!? Mas esse não é aquele amigo da Drica?! Aquele paulista do interiorrrr, com uma cara que é o misto de “A revolta dos Nerds” com “manhêêêêê, roubaram o meu chocolate”, aquele amigo dela com uma pinta de panaca, cabelo seboso e cheio de gel, que acredita que ele sua Honda Bis fazem tanto sucesso quanto nos anos 60, ele, que não consegue falar “porta” sem fazer ela ranger (por falta de óleo?! Não, por excesso de “R”s). O Jorjão, aquele que Zecão não foi com a cara desde o primeiro minuto (principalmente depois que nosso rapazote o viu agarrando sua garota e pulando com ela dentro da piscina), aquele moleque, mais feio do que acidente de carro resultando em perda total, o qual Drica insistia em dizer que “NÃO APRESENTA PERIGO ALGUM PARA O NOSSO RELACIONAMENTO”. – É... talvez se a mudinha do nosso amigão fosse emplastada de gel a história seria outra...


Drica, que é uma mulher dada à... Pois bem, uma mulher dada, não pôde deixar por menos, DEU, deu um muito obrigado, deu um pé na bunda e também deu uma camisa chinfrim, da cor que ele não gostava e do tamanho que ele não vestia. Talvez ela até tivesse encontrado algo que fosse de tamanho “M” (ao invés de “extra large”) e que também não fosse algo tão bizarro (quanto dançar “Break” no asfalto quente), se e somente SE, ela não tivesse perdido todo seu tempo e dinheiro comprando o fabuloso presente de Dia dos Namorados pro JorrrrrrrrrrrrrrrrrrRRRRRRRRRRrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrjão.


E ela vai embora, com as flores, carta, cartão e coração, mas fez questão de deixar aquela cara petrificada de bobo apaixonado pra traz. E ele ficou lá, parado, segurando aquele treco que parecia ter sido confeccionado pelas hienas do Papai Noel depois de terem ingerido uma dose cavalar de Prozac e Beflorgim.


Foi-se o namoro e a fossa chegou, mas o tempo, que é o maior inimigo do homem (sendo o próprio homem seu maior inimigo), conseguiu abrasar a revolta do jovem corno Zecão.. Mas isso só foi possível porque entrou Ritinha em sua vida, Ritinha, a sua futura nova namorada, com quem namora até os dias de hoje, tal coisa aconteceu devido o fato dela se amarrar em jovens mancebos com moitas frondosas e não ter nenhum amigo FDP fura olho com aquela pinta de quem não quer nada (curiosamente eles foram suicidados, mudaram de cidade, ingressaram na Cruz Vermelha ou entraram pro Serviço de Proteção às Testemunhas).


Brasília, como a típica cidade interiorana que é, não pôde deixar barato, cruzou novamente o caminho de Drica e Zecão cinco meses depois daquele épico pé na bunda. Zecão, que não mais nutria ódio algum por aquela cachorra, bandida, safada e vadia (Err... pensamentos q se passavam na cabeça dele naquele momento) agradeceu por ela ter terminado o namoro, pois assim ele pôde encontrar Ritinha, uma garota que ele considerava muito especial. Drica, sentindo-se feliz, por seu Ex não ter mais raiva dela, e sendo uma mulher dada à... Hmm... Han... Err... Então... Uma mulher dada, disse que mais que do que Zecão, ela também havia ficado contente com o fim do namoro, pois assim ela pôde conhecer o Jorjão, o Pedroca, O Buiu, O Mateusinho, O Rafinha, o Tonico...

3 comentários:

Tamy disse...

uma mulher dada! :D

»«Dédi»« disse...

HUIAhAIUHAUHUAIHAIAIHAIIHAIHAIHAIUAHA

QUE MANCAAAAAAADA essa do "RRRRR"
hãããamm!
e olha.. Ritinha é uma delícia.. se vc não ficar esperto vai perder para a Clarinha, uma menina muito legal.. vinda do interior de SP e que tb puxa o R... seria sua sina? HUIahaIUHAHUiAHUIAHiahIAHIAhAiAH

=****

Tamy disse...

hoiahaoihaoihaoihaoihaoihaoihaoiha

Clarinha... tá mais pra Clarão da Esquina ;x