terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Essas coisas caóticas no meio da madrugada...

A história que vou relatar a seguir me foi contada en uma reunião de amigos por um primo meu, o qual, por sinal, disse que este relato é um fato ocorrido com um amigo de um amigo nosso - e nenhum deles estava presente nesta reunião para defender a veracidade do relato. Independente de ser um fato verídico ou venéreo, anedota ou realidade, chacota ou verdade verdadeira, achei que fosse interessante postar a história aqui.

Corre à boca pequena, dizem por aí, foi falado, enfim, reza a lenda que um sujeito, convenientemente aqui chamado ficticiamente de Betão, tarde da noite voltava para casa depois de uma longa e (im)produtiva caxaçada com os amigos. Chegando no seu quintal ele viu uma cena bastante curiosa.

Já passava das 2 da madrugada e seus dois cachorros - dois kindos, fofos, sutis e delicados rottweilers - estavam brincando com o cachorro do seu vizinho - um imponente e voraz pequenino poodle.

O leitor deve estar se perguntando, tirando o fator horário, o que teria de curioso em 3 cachorros brincando? Bem, realmente não teria nada de curioso, se não fosse o fato do cachorro do vizinho, aqui convenientemente chamado ficticiamente de Pedroca, estar morto.

Os dois Rotts brincavam contentemente de jogar o poodlezinho para o alto,puxar cada pata do animalzinho em direções opostas, arrastar o cadaver pelo terreno e todo o resto de peripércias que se fazem com poodles mortos.

Betão viu aquela cena e olho para cerca que separava seu terreno do de Pedroca, viu que um trecho da cerca estava violado, terra remechida e então esclareceu tudo - os cachorros foram no terreno do Pedroca e estraçalharam o poodlezinho, agora eles se divertiam com os espólios de mais uma batalha vencida.

Uma série de pensamentos, um mais complexo do que outros, passavam pela cabeça de Betão. Preocupação, culpa , desepero, aflição e uma porção de outras coisas que pertubavam o seu, agora não tão embriagado, estado de espírito. Fruto deste tormento interno que eles estava passando, veio de sua boca a seguinte frase:

- CARAI VÉI!! - Então sr. de si, como quem percebe finalmente a situação, tomando pleno conhecimento da realidade, com toda calma, paz de espírito e muita serenidade ele falou:

- FODEU!!

Ficou ali parado um bom tempo, apenas tentando arrumar uma solução para aquela inusitada situação. Betão separou os cães, deu um banho no poodle e colocou o falecido na garagem de Pedroca e então foi dormir aguardando o dia seguinte.

Dia seguinte, normal como qualquer outro, Betão sai para buscar pão quando encontrou seu vizinho e então resolveu lançar a isca para descobrir como terminaram as coisas. Vem a seguir o diálogo que se deu entre os dois:

- Eaí Pedroca, como tatu véi?
- Porra cara, to mei grilado com uma parada aí.
- Que que foi véi? posso ajudar em algo?
- Ah cara, valeu, não tem nada que você possa fazer, é que meu cachorro morreu.
- Puts cara, que merda!
- Pois é véi, o problema é que ele já estava enterrado tinha três dias e hoje pela manhã ele me apareceu limpinho e de banho tomado lá na garagem de casa. Minha vó tá até achando que é assombração.

Com ar de perplexidade Betão então, para não deixar o amigo sem uma resposta, deixou um comentário suspenso no ar:

- Essas coisas caóticas no mei da madrugada...

Se despediu do amigo e foi comprar pão, afinal, é bem mais fácil lidar com o cotidiano do que como o inexplicável.

2 comentários:

Anônimo disse...

A culpa foi-se embora com a explicação! haha

Rodrigo Huagha disse...

vcescrevecomoquemfalaassimcoisasaparentementessemimportância.bomisso!