sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lombras Tortas...

O texto que vem a seguir é uma das viagens mais caóticas que eu escrevi e uma das que eu mais me amarrei... to postando pra me lembrar e me motivar a continuar essa história...

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Há muito tempo, quando ainda se podia construir uma boa reputação matando monstros e dragões, explorando lugares hostis, encontrando magníficos tesouros, ganhando na loteria ou mesmo pagando para um daqueles bardos não tão desafinados para cantar aos quatro ventos sobre uma honrosa vida que nunca se viveu, havia um mundo um tanto quanto diferente de hoje e em algum lugar dele, o qual não me lembro muito bem agora, se encontrava uma cidade chamada Lúminus.


Ao seu leste, Lúminus era banhado pelo peculiar mar Tântalus, que com sua cor tutti – frutti inspirava a imaginação de poetas e incendiava o espírito de aventureiros que sonhavam não só em desbravar suas profundezas cor de rosa como também o mundo.


Ao contrário do que muitos pensam, a tonalidade de Tântalus não se deve ao capricho de um feiticeiro que realizou um encanto ao passar por essas bandas. Na verdade, tudo não passa de um desleixo culinário cósmico. Quando um dos muitos deuses que passavam apressadamente por aqui resolveu fazer uma apetitosa gelatina, mas devido à sua pressa e enorme quantidade de água a ser fervida, acabou desistindo e deixou seu quitute lá, rosadamente inacabado.


Tântalus não era apenas fonte de inspiração, também era importante por fornecer alimento para os habitantes de Lúminus, suas águas possuíam sindicânticus em abundância. Os sindicânticus são peixes muito conhecidos no meio aquático pela sua natureza máscula, viril e revoltada. Por nunca estarem contentes com suas condições enquanto habitantes do meio marítimo e por viverem num lugar demasiadamente rosa para a sua natureza cabra macho eles se reuniam em cardumes, chamados de sindicatus, para protestarem e... infelizmente serem pescados e servirem base de alimentação e moeda de toca entre Lúminus e outros reinos.


Nada podia se dizer sobre o que havia ao sul De Lúminus, isto é, nada além do “abismo de proporções desconhecidas”, na beira deste abismo havia uma placa cujos dizeres eram:


- sejam bem vindos e por favor, dêem meia volta, até logo, este aqui é o “Abismo O.G.L.E.Y.G.C.I.A.T.M.E.E.B.N.T.F.N.!!!!.P (o qual quer dizer "Abismo do Opa Galera lá Vou Eu Yuhuuuuullll Gerônimooooo Caramba Isso Aqui Tá Muito Escuro Esse Buraco Não Tem Fim Nãããããããããããooooooo !!!! Poft" – nome esse que foi dado pelo pioneiro explorador do abismo, o qual posteriormente foi chamado por outros nomes como por exemplo, “Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhtum!”. Na verdade, os vários outros nomes têm suas origens nos radicais destes dois primeiros nomes.


Alguns filósofos, que entre vários debates, dentre os quais podemos citar, “a filosofia de vida dos sindicânticus” e “se o nosso mar é realmente uma gelatina, como diz com tanta convicção aquele velho mendigo louco da ponte, por que então ele não é doce?” (bem, quando a humanidade dominar a arte de fazer gelatina light, talvez eles comecem a sacar as coisas), teorizam sobre o fato daqueles que resolveram “conhecer” o abismo nunca mais terem voltado (conhecer, eufemismo aqui cordialmente empregado para substituir o termo se espatifar). Uma certa corrente desses filósofos acredita que tal “fenômeno” acontece pelo fato da vida lá embaixo ser muito mais interessante e que não só se juntaram ainda aos “bravos” (suicidas) desbravadores pelo fato do negrume do abismo não ter um apelo tão atrativo quanto o rosado Tântalus – “Ah, preto é tão dark, tão sem ausência de cores, melancólico, se ao menos fosse algo assim, verde limão sabe..”.

Um comentário:

Anônimo disse...

nesse eu boiei legal

heiaheiuhae

mas o nome do abismo ficou mto comédia ahehae